Hanseníase tem cura; conheça mais sobre a doença

30 Jan 2018
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Ainda cercada por preconceitos, a hanseníase é fácil de diagnosticar, tem cura e tratamento gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em geral, os primeiros sintomas surgem como manchas brancas, vermelhas ou marrons em qualquer parte do corpo, somadas à alteração na sensibilidade do indivíduo à dor, ao tato e à percepção do quente e do frio. Áreas dormentes também podem aparecer, especialmente nas extremidades, como mãos, pernas, córneas, além de caroços, nódulos e entupimento nasal.

O diagnóstico da doença é feito na Unidade Básica de Saúde (UBS), onde a equipe de saúde poderá examinar o paciente e já iniciar o tratamento. Vale ressaltar que, imediatamente após iniciar o tratamento, que dura entre seis a doze meses, o paciente já não transmite mais a doença para as pessoas com quem convive, mesmo os doentes da forma contagiosa, que correspondem a cerca de 30% do total de casos diagnosticados.

hanseniase

A melhor maneira de prevenir a hanseníase é tratando os casos existentes. Afinal, após início do tratamento o paciente não transmite mais a doença para as pessoas com quem convive, mesmo sendo a forma contagiosa.

Como parte do controle da doença, uma vigilância dos familiares e pessoas próximas dos pacientes é feita. Além disso, devem ser vacinados com BCG todos os contatos domiciliares após rigoroso exame da pele e nervos e orientações sobre a doença. É importante lembrar, ainda, que o paciente em tratamento deve ter sua vida conduzida sem alteração, ou seja, manter suas atividades escolares, profissionais, sociais, culturais, religiosas e familiares.

Hanseníase em números

Nos últimos oito anos, Minas Gerais notifica cerca de 1300 novos casos a cada ano. Em 2016, foram 1.106 novos casos, significando 5,27 novos diagnósticos em cada 100 mil habitantes, dos quais 5,1% (56) foram em menores de 15 anos. O acometimento de crianças pressupõe a presença de adultos doentes sem diagnóstico e sem tratamento, convivendo e transmitindo a hanseníase para crianças e adolescentes. Do total de casos novos notificados em 2016, 13,9% foram diagnosticados com deformidade, indicando um percentual ainda muito elevado de diagnóstico tardio.

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Última modificação em Terça, 30 Janeiro 2018 09:54
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